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Cafofo internacional

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Cada vez mais, viajantes trocam o hotel pelo AirBnb, serviço on-line em que você pode alugar apartamentos de outras pessoas por tempo limitado. Do outro lado do balcão, já tem gente que transformou a ferramenta em business

O crítico de vinhos Luiz Horta (glupt.com.br) gosta de ser habitante das cidades que frequenta. Ele é do tipo que precisa de uma dose regular de ares internacionais para espantar a rabugice assumida com assuntos locais – algo que ficou fácil de resolver desde que ele se tornou usuário assíduo da rede AirBnB, que intermedia a relação entre quem tem um espaço extra para alugar e quem deseja uma vivência típica fora do país.

No ano passado, Horta passou mais de três meses em Berlim e um mês em Paris, passando por seis imóveis diferentes. Seu marido, o crítico de perfumes Dênis Pagani (1nariz.com.br), permaneceu mais de cinco meses seguidos na Europa no mesmo esquema. Eles são categóricos: “Se não fosse o AirBnB, isso nunca seria possível”.

Apreciadores da vida que se leva em bairros, eles aproveitam a oferta do site para conhecer diferentes regiões de cidades que dominam (em Paris, enveredaram pelo Marais e pela parte baixa de Pigalle) ou para se aprofundar em território novo (como Prenzlauer Berg em Berlim). “Nós vivíamos como locais, criávamos nossa própria rotina. Isso seria impossível em um hotel, como seria inviável fazer um contrato de aluguel”, diz Dênis. Agora, eles planejam dar uma escapada do Brasil durante a Copa. O provável destino: Lisboa. “Um passatempo é ficar navegando pelo AirBnB para encontrar lugares legais para alugar, a viagem já começa a se desenhar assim”, confessa Horta.

Do outro lado do balcão tem outro casal de brasileiros. Pedro Jardim e Tainá Moreno moram em Berlim há cinco anos, onde coordenam o Agora Collective, um espaço de coworking. Mas a principal fonte de renda deles vem do AirBnB: eles alugam um quarto no apartamento onde moram e três estúdios nas imediações de Neukolln, Kreuzberg e Mitte, além de quatro pequenos imóveis no litoral paulista de São Sebastião. Membros do AirBnB desde 2010, seu perfil foi o primeiro a receber a distinção superhost em Berlim: já receberam cerca de 1.200 pessoas, com 350 comentários positivos. O negócio prosperou a ponto de Pedro ter aberto uma empresa de limpeza chamada Apoio (apoio.co) para fazer o pré e a pós-locação, em sociedade com um de seus hóspedes. “O AirBnB maximizou o potencial de experiência individual de uma viagem, é diferente do ambiente pasteurizado de um hotel, que pode ser o mesmo em qualquer lugar do mundo”, diz Pedro. “O sistema de avaliação dos usuários das duas pontas faz com que as pessoas confiem mais umas nas outras e aceitem as diferenças.”

Vai lá: airbnb.com.br


Mande a foto que você vê quando sente saudade da sua terra

Ame-o ou deixe-o (de vez em quando)

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Pra eles, a dúvida sobre viver no Brasil ou desbravar outras partes do mundo está superada: a solução é viver meio lá, meio cá. Três brasileiros sem pouso fixo e um francês que se divide entre São Paulo e Paris relatam as delícias e as agruras de estar sempre em trânsito

Arquivo Pessoal

Dimitri (com a câmera) e amigos em Berlim

Dimitri (com a câmera) e amigos em Berlim

Dimitri Mussard

30 anos, é Empresário (e um dos herdeiros da marca francesa Hermès). Francês, vive entre São Paulo e Paris desde 2010

Faz quatro anos que estou no Brasil e tenho duas empresas: Acaju do Brasil, uma distribuidora de marcas de moda europeias, e Dri Dri, uma gelateria recém-inaugurada nos Jardins, em São Paulo. Eu antes disso trabalhei anos no mercado financeiro, até que um dia decidi largar tudo para viajar o mundo inteiro. Viajei sozinho com minha mochila durante um ano e meio. Uma experiência única, provavelmente a mais fantástica da minha vida – o que pode parecer estranho, já que eu estava longe da família e dos amigos. Mas é interessante falar disso: acho que umas das razões que fazem, hoje em dia, ser tão fácil morar em um país estrangeiro é a facilidade de se comunicar com quem você quiser – por Skype, telefone, e-mail, Facebook... Na verdade, acho bem difícil perder a ligação com seu lugar de origem! Conservá-la é fácil.

Minha história com o Brasil é uma questão de momento. Eu tinha viajado pelo mundo muito tempo sem voltar em casa e estava muito feliz. Mas quando voltei a Paris fiquei muito triste (o tempo ruim, as pessoas, a crise econômica). Meu único vizinho com um sorriso era brasileiro. Um mês depois, eu chegava a São Paulo, alugando o apartamento dele. Sem nenhuma expectativa sobre a cidade, mas achando tudo muito excitante. Não conhecia ninguém e não falava português – um desafio fácil de superar graças à alegria e à gentileza dos brasileiros.

Isso é a razão de minha vida no Brasil: gosto do povo brasileiro muito mais do que do povo francês. Ao mesmo tempo, é essencial para meu negócios (e sobretudo para mim) voltar à Europa duas vezes por ano. Claro, um ponto importante é que escolhi uma atividade profissional que me permite viajar muito (para escolher novas marcas), mantendo um base no Brasil (onde estão todos os meus clientes).

bom de morar transitando é alimentar sua curiosidade e suas referências e ter uma disposição maior para criar (seja arte, seja uma empresa). É muito estimulante morar em dois países de culturas diferentes. O lado ruim é uma quase impossibilidade de criar uma família: morar em dois lugares diferentes só é possivel quando você não tem crianças ou quando elas já são independentes. Mas a pior coisa é conviver com comparações. Não se pode comparar um lugar com outro. Você pode me falar “mas, Dimitri, você comparou brasileiros e franceses”. Eu responderia que dá para comparar povos – a etnologia é isso. Mas não os lugares.


Arquivo Pessoal

Lourenço (à esq.) no metrô de Nova York

Lourenço (à esq.) no metrô de Nova York

Lourenço Bustani

34 anos, é CEO da Mandalah, consultoria com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Tóquio, Cidade do México, Berlim e Nova York. Brasileiro, filho de diplomata, vive em trânsito

Tenho sido um “paulistano-nova-iorquino” já faz um ano, ficando entre lá e cá. Nesse meio-tempo viajo pelo Brasil, vou dando pulos em outros lugares do mundo, tudo sem muita previsibilidade. Essa mistura entre São Paulo e NY por si só já diz muita coisa, e minha busca tem sido exatamente esta: experimentar o equilíbrio entre as duas cidades, que mantêm viva em mim a certeza de ser um cidadão do mundo.

Arquivo Pessoal

Como tudo na vida, ser nômade tem coisas boas e ruins. O bom é poder mudar de rotina, ampliar nosso repertório, cruzar o caminho de pessoas incríveis e inusitadas, estimular a sensibilidade cultural, a humildade de perceber a imensidão da vida e treinar a capacidade dialógica, de nos entendermos como seres humanos, na língua e no coração. A lista do que não é bom também é grande. Mais, às vezes, é menos. Criamos certa relutância em estabelecer raízes, vínculos, em se “deixar ficar” pelos lugares e pelas pessoas. Os amigos nunca sabem onde você está e você mesmo fica desnorteado, sem saber onde está acordando. Nesse caminho, é inevitável abrir mão de algumas coisas e deixar outras para trás.

Hoje, no Brasil tenho minha pátria, minha história. Desistir dela seria desistir de mim mesmo. De um lado, sinto pesar nos meus ombros a decepção por um país que não anda em muitas coisas. Mas, de outro, ouço o chamado de poder fazer algo para mudar isso. Apesar da violência e da desigualdade, nenhum outro lugar do mundo tem a mistura linda de pessoas, culturas e heranças que encontro aqui, nem o calor humano. É quase como um segundo sol invisível, espalhado pelas ruas.

Já em Nova York, vejo um retrato do mundo em comunhão. Uma surpresa a cada esquina, um mind-fuck constante. Uma cidade em que todos estão abertos a experimentar algo novo e onde as histórias de vida impressionam, exatamente porque ir para lá significa dar um CRTL+ALT+DEL no cérebro. E aqui leia-se Nova York como Brooklyn. Manhattan é atordoante, clichê, excessivamente consumista e tem um exagero sensorial que não me agrada.

equilíbrio entre todas essas coisas é simplesmente isso, um equilíbrio.

Ou, para a minha sorte, um desequilíbrio. Vai saber.


Arquivo Pessoal

Em seu site (pocketfilmsfortravelers.com), Juliana coloca fotos, sons, desenhos, textos e vídeos que faz ao redor do mundo. Acima, os lugares por onde ela já passou

Em seu site (pocketfilmsfortravelers.com), Juliana coloca fotos, sons, desenhos, textos e vídeos que faz ao redor do mundo. Acima, os lugares por onde ela já passou

Juliana Mundim

Cineasta, nasceu em Brasília e morou em São Paulo, Londres, Nova York e Berlim. Também passou temporadas na Nova Zelândia, na Turquia, no Japão, na Austrália, na Índia e no Nepal. E deu três voltas ao mundo, duas delas com duração de um ano

Eu gosto muito de ficar olhando o céu e isso é muito bom, porque a gente encontra céu em todo canto da terra. O céu muda o dia todo e todos os dias. Talvez seja a coisa mais excitante e democrática do mundo. Eu acho que ser nômade é muito parecido com ser o céu, pois como ele habitamos o movimento e é aí que encontramos o sentido de viver.

E, quando digo nômade, tem mais a ver com movimentos internos e com um jeito de vivenciar momentos do que viajar fisicamente. Depois de ter dado algumas voltas pelo mundo e ter morado em vários lugares, confirmei o clichê que ouvimos dos mais velhos: a viagem maior está dentro da nossa cabeça.

Acho que não adianta muito viajar e morar em muitos lugares se estivermos conectados demais com um pensamento só. Nomadismo tem a ver com o desapego do que somos e sabemos, e ser capaz de deixar espaço livre para que as coisas bonitas ao nosso redor mudem a gente – independentemente da geografia.

Desde muito criança já sabia que a minha vida seria assim, viajando do modo mais romântico possível .

Arquivo Pessoal

Aos 19 anos me mudei pra Londres, onde vendia rosas na rua e estudava. Depois me formei em cinema e desde 2001 viajo fazendo filmes e arte que se inspiram nesses movimentos e mudanças.

Não é sempre fácil. Uma vida assim tem um preço muito alto. Você sempre está com saudade de alguém ou de algum lugar. A pátria se perde e nos sentimos pertencidos a inúmeros lugares. As fronteiras deixam de existir e o mundo se torna uma coisa só. As pessoas te questionam o tempo todo, não entendem e muitas vezes não respeitam. Eu nunca tive a sorte de me apaixonar por um outro nômade, então os amores acabam sofrendo um pouco também. Tenho sempre amigos longe, o que faz com que os encontros sejam sempre intensos e presentes, para que cada minuto seja aproveitado. Fora que planejar uma vida com filhos é extremamente difícil.

Não sei se conseguiria viver de outra forma, então optei por abraçar essa vida com o que ela tem de bom e ruim, com os céus do mundo para apreciar e com os ensinamentos de cada dia.


Arquivo Pessoal

Hick Duarte

23 anos, é fotógrafo. nasceu e mora em São Paulo, mas não para mais em casa desde o final de 2012

minha vida se tornou “móvel” no final de 2012, quando eu de fato decidi correr o risco de deixar o meu estágio em jornalismo para me dedicar full time à fotografia. Até então eu morava em Uberlândia e, à medida que os trabalhos iam aparecendo, o ritmo de viagens crescia junto. Talvez pela forma como eu entrei no mercado – pela cobertura de eventos (festas, shows, festivais) –, eu sempre fugi do estúdio. Gosto muito 
de conhecer um cenário novo, de explorar locações externas e da experiência de trabalhar com pessoas na cidade em que elas vivem.

Existem muitas diferenças entre o Brasil e os países que visitei, mas uma em especial tem me feito pensar muito nos últimos meses: lá fora os empreendimentos locais são muito mais valorizados. Os produtos artesanais, as marcas menores (e mais segmentadas), os restaurantes que traduzem os costumes de uma região, enfim. No Brasil, a história é inversa, as pessoas preferem consumir o que vem de fora, rola uma supervalorização do rótulo “internacional”, como se aquilo fosse mais legal ou confiável.

Pode soar um tanto utópico, mas emplacar fora do Brasil me parece depender do quão sincero e exclusivo é o que você tem a oferecer. As grandes metrópoles lá fora estão cheias de boas ideias – mas nunca estarão de todas. A lista de gente que está se dando bem na gringa com um trabalho original só cresce. Na última viagem que fiz, conheci o Max Poglia (instagram.com/maxpoglia), gaúcho que produz facas, bolsas, carteiras etc; que hoje são vendidas nas lojas mais legais de Nova York. É um produto que tem a identidade rústica do Sul do Brasil, apresentado de uma forma moderna na medida certa. Um exemplo muito forte do que significa entender o que você pode criar de genuíno para o mercado que quer alimentar.

Arquivo Pessoal

A mala, que fica quase sempre pronta, de Hick

A mala, que fica quase sempre pronta, de Hick

Em contrapartida, aquela sensação de estar sozinho no Brasil consumindo novidades em arte, música ou moda já passou há muito tempo. Sou muito otimista com a quantidade de festas mais segmentadas que vêm tomando o Rio e São Paulo, por exemplo. É muito bom ver projetos se sustentarem na sua autenticidade e no risco de oferecer uma novidade à cena. Sem contar com as características gerais da nossa noite, tão mais interessante, livre e animada do que a maioria das que pagamos para frequentar lá fora (da duração da noite ao astral da pista). O que muda nessa história em relação a, por exemplo, ir a um bar que você custou a conseguir entrar no Brooklyn, é a adrenalina de estar possivelmente assistindo à próxima big thing da música mundial. Esse sentimento de uma comunidade artística sempre fresh e criativamente efervescente, se desafiando o tempo todo, ainda é muito maior na Europa ou nos Estados Unidos.

Viajar me fez aprender uma porrada de coisa. Me ensinou inglês na marra, me estimulou a comprar mais e depois a comprar menos roupa, a arrumar a mala por rolinhos (realmente funciona!) e a nunca subestimar o horário de antecedência de um aeroporto – principalmente na Europa, onde a pontualidade é de fato rigorosa. Entender, na prática, as particularidades cotidianas de cada país também foi uma outra conquista. A noção de cordialidade e a postura colaborativa na hora de trabalhar formam um combo que impressiona logo de cara.


Paz, amor e gasolina

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Dave Panton

Dave Panton

Foi no site de vendas Ebay que o americano Dave Panton encontrou sua companheira dos últimos três anos: uma kombi alemão fabricada em 1972. O ex-militar da Marinha batizou o veículo de Darma e virou viajante em tempo integral. Partiu de San Diego, na Califórnia, e já ticou do mapa México, Panamá, Colômbia, Galápagos, Peru, Bolívia, Argentina e Brasil, onde encontrou com a Trip. Seu objetivo? “Só quero ver o quão longe consigo ir”, explica o americano de 33 anos, que já percorreu cerca de 50 mil quilômetros.

A começar pelo comprimento do cabelo e da barba, Dave não lembra em nada o cara que dedicou 11 anos de sua vida às Forças Armadas de seu país. Do emprego, ele carrega apenas os salários. “Meu trabalho pagava tão bem que você teria de ser um pouco louco para deixá-lo.” A grana acumulada, somada a alguns bicos pelo caminho e à economia com hospedagem, bancou a viagem até o momento. “Nada foi muito planejado.”

A prancha de surf vai dentro da Kombi junto com tudo o que Dave precisa. “Tenho até um banheiro portátil”, conta ao fazer um tour em seu domícilio. Nele há chuveiro, cama, botijão de gás, forno e espaço roupas e alimentos. Dave não carrega muita comida para evitar insetos e outros animais. Sua dieta inclui frutas, sucos, ovos, atum e... pipoca. “Gosto muito de mate! Aprendi com os argentinos”, complementa. Darma tem uma placa de células fotovoltaicas na parte de cima. Com isso, nunca falta energia elétrica na “casa”. Isso permite que ele carregue seu iPad e se conecte a internet.

Por aqui, ele não ficou muito tempo. “Não me sinto uma pessoa em São Paulo: me sinto como algo que tem de ser desviado”, lamenta. Chamou sua atenção a desigualdade que observou nas ruas – segundo ele, comparável somente a Dubai, a opulenta metrópole dos Emirados Arábes Unidos por onde passou. “Nunca vi tantos bairros pobres ao lado de shoppings onde as mulheres entram com seus cachorrinhos”, diz.

Pelas contas de Dave, seu caixa fica vazio em breve, quando chegar ao Rio de Janeiro, onde quer passar o Carnaval. Lá, ele pretende arranjar um emprego para continuar sua jornada em direção ao Caribe e, depois, à Europa. Sua meta é seguir para o Reino Unido, onde quer estudar engenharia naval. “Seria muito legal se eu pudesse construir um barco”, diz.

Dave não quer ficar rico nem famoso com seu feito. Seu objetivo é apenas viver o caminho que escolheu para si. “Há pessoas que não estão dispostas a fazer uma viagem dessas, mas há pessoas, como eu, que não estão dispostas a não fazer uma viagem dessas”, sentencia o filósofo de Darma.

Caiaque no Salto das Nuvens

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Ale Socci/Green Pixel

Pedro Oliva descendo de Caiaque a Cachoeira Salto das Nuvens em fevereiro deste ano

Pedro Oliva descendo de Caiaque a Cachoeira Salto das Nuvens em fevereiro deste ano

 

7 dicas para você aproveitar ao máximo a experiência

Onde fica

Salto das Nuvens, no rio Formoso, fica a 25 quilômetros de Tangará da Serra (MT), que, por sua vez, está a 239 quilômetros a noroeste de Cuiabá.

Quando ir

A prática é facilitada com o rio bem cheio, nos meses de chuva, entre setembro e abril. A estiagem é de maio a agosto. Os verões são mais chuvosos, e mais quentes também: a temperatura máxima, média em dezembro, é 33,2 °C.

Gerson Sobreira/TerraStock

Cachoeira Salto das Nuvens

Cachoeira Salto das Nuvens

O que levar

Encarar o Salto das Nuvens de caiaque não é uma tarefa nada fácil – exige não só um exímio praticante como também uma infraestrutura de apoio bem completa. O atleta paulista Pedro Oliva, que realizou a proeza em fevereiro deste ano, contou com o apoio de uma equipe de mais de dez pessoas, corpo de bombeiros e ambulância de prontidão.

Palavra de quem conhece

“Já tinha ido, e desistido, duas vezes. Em um lugar desse, a grande virtude é saber esperar o momento. Consegui descer finalmente em 22 de fevereiro deste ano. O Salto das Nuvens tem 25 metros, e é uma descida de caiaque de nível técnico avançado. Não só pela altura, mas pela forma da cachoeira e por alguns pontos com pouca profundidade na piscina. O caiaque não pode embicar, tem que cair plano e já deslizar. Não há espaço para erro. A grande emoção, porém, é perceber que é a natureza que dita a coisa toda. Acho essa região do Brasil muito especial por ser a transição entre o cerrado e a Floresta Amazônica, lugar exótico, de rios com grandes volumes”, afirma Pedro Oliva, 31 anos, de São José dos Campos (SP).

Onde ficar

Pousada Cachoeira Salto das Nuvens – Rodovia MT-358, KM 21 (sentido a Campo Novo do Parecis). Fones: (65) 3326-9892 / (65) 9955-2097. E-mail: saltodasnuvenscachoeira@hotmail.com

Gerson Sobreira/TerraStock

Pousada Cachoeira Salto das Nuvens com a cachoeira ao fundo

Pousada Cachoeira Salto das Nuvens com a cachoeira ao fundo

O que comer

Piraputanga na brasa sem espinha no restaurante Ricardo´s Grill – avenida Brasil, 1.080, centro, Tangará da Serra (MT). Fone: (65) 3326-2030. A piraputanga faz parte do rodízio completo de peixes, que, entre outros destaques, também serve: filé de pintado à milanesa e filé de pacu grelhado.

Passeio imperdível

A cerca de 200 quilômetros a noroeste de Tangará da Serra, na divisa dos municípios de Sapezal, está outra maravilha do estado do Mato Grosso: o Salto Utiariti, no rio Papagaio, uma queda incrível de 95 metros, em área indígena. Após oito viagens, Pedro Oliva ainda não conseguiu descer, mas ficou amigo dos índios e foi convidado pelo cacique a ser padrinho de uma criança. Agora, ele tem uma oca onde ficar.

Stand-up paddle em Manaus

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Sete dicas para você aproveitar ao máximo a experiência

Carla Lima

Alex Araújo praticando SUP no Encontro das Águas em Manaus

Alex Araújo praticando SUP no Encontro das Águas em Manaus

Onde fica 

O Encontro das Águas é o principal passeio de Manaus (AM). Por 6 quilômetros, os rios Solimões e Negro correm lado a lado até formarem o rio Amazonas. Fazer stand-up paddle nessa região não é nada comum – é aconselhável apenas para quem tem bom domínio do esporte. O trânsito de diferentes tipos de embarcação (de navios cargueiros a voadeiras) é bem intenso.

Daniel Alvarez

O Encontro das Águas em  Manaus. O encontro entre os rios Solimões   e Negro, formando o rio Amazonas

O Encontro das Águas em Manaus. O encontro entre os rios Solimões e Negro, formando o rio Amazonas

Quando ir 

Depois de remar de stand-up paddle na união do rio Solimões com o Negro, se quiser conhecer o Encontro das Águas de forma mais tradicional, entre no tour de barco que costuma acontecer das 9h às 16h, durante o ano todo. O tour começa no Porto de Manaus e custa por volta de R$ 130. De dezembro a junho é a época das chuvas. Na seca, de julho a novembro, aparecem as praias de rio.

Carla Lima

Alex Araújo praticando SUP no fim de tarde no Rio Amazonas em Manaus

Alex Araújo praticando SUP no fim de tarde no Rio Amazonas em Manaus

O que levar

Pranchas maiores são mais usadas para travessias e competições; as mais arrendondadas são mais adequadas à prática do stand-up paddle wave, que consiste em surfar a onda com o remo. Para os iniciantes, um modelo híbrido vem bem a calhar. O uso de leash (a cordinha presa ao tornozelo) também é recomendável para a segurança de quem estiver por perto. O tamanho do remo varia conforme a modalidade e a altura da pessoas, mas em linhas gerais ele deve ser cerca de 20 centímetros mais alto que o praticante. Iniciantes devem usar colete salva-vidas.

Palavra de quem conhece

“Este ano já fui bastante para a Amazônia porque quero ir remando de stand-up paddle de Manaus a Parintins, em junho, na festa da cidade. Serão 425 quilômetros em cinco dias. Para treinar, remei do lago do Tarumã até o encontro do Solimões com o Negro, perto de Manaus. O Encontro das Águas é maravilhoso. Atravessei 37 quilômetros em 4h35. O pessoal me olha e não entende muito bem o que estou fazendo ali”, revela Alex Araújo, 39 anos, de São Paulo (SP).

Divulgação

Quartos do Anavilhanas Jungle  Lodge, em Novo Airão

Quartos do Anavilhanas Jungle Lodge, em Novo Airão

Onde ficar

Anavilhanas Jungle Lodge, em Novo Airão, a 179 quilômetros de Manaus, um hotel de selva, em frente ao Parque Nacional de Anavilhanas. Quartos extremamente confortáveis e ótimas programações de atividades para se embrenhar na selva. Tel.: (92) 3365-1180. www.anavilhanaslodge.com .

O que comer

Os peixes são as vedetes do cardápio manauara. Costela de tambaqui na brasa, caldeirada de tucunaré, pirarucu de casaca (servido entre camadas de farofa) e por aí vai... Um restaurante com a tradição de bons pescados é o Peixaria Bom Gosto (av. Bispo Pedro Massa, 15, Cidade Nova. Tel.: 92 3645-2784), que funciona desde 1993. Experimente também os bolinhos de tambaqui.

Passeio imperdível

A 25 minutos de lancha de Manaus, surpreenda-se com o Seringal Vila Paraíso, que reproduz uma vila do final do século 19, época em que a borracha valia ouro em Manaus. Para chegar lá (Igarapé São João), é preciso ir até a Marina do Davi, praia de Ponta Negra, e negociar com os barqueiros (ida e volta por cerca de R$ 20). A entrada no Seringal custa R$ 5 e há visita guiada.

As viagens de um Monty Python

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“No rio, as favelas crescem nos morros, assustando pessoas que moram em alguns dos edifícios mais caros do país. O artista Vik Muniz descreveu o local como uma ‘Saint-Tropez cercada por Mogadíscio’. Mas a maioria dos favelados não tem nada a ver com o crime. São trabalhadores que fazem a cidade funcionar”. Assim falou Michael Palin, famoso por integrar a trupe cômica britânica Monty Python, sobre a sua impressão do Rio de Janeiro.

Desde que a série cômica Monty Python Flying Circus acabou, o ator inglês apresenta documentários de suas viagens pelo mundo.

A série de TV de quatro episódios sobre o Brasil foi exibida pela BBC em outubro passado e virou um livro e um DVD.

Veja abaixo toda a ginga de Palin em uma roda de capoeira.

Vai lá: www.palinstravels.co.uk

5 Pointz

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Em um ponto abandonado do Queens está um espaço que é considerado a maior galeria de street art a céu aberto do planeta. Solo sagrado para grafiteiros de todo o mundo, o 5 Pointz (ou Cinco Pontos) é um enorme prédio industrial abandonado em Long Island, em Nova York, onde estão pintados trabalhos dos maiores nomes do grafitti de todo o planeta.

O complexo de galpões é uma enorme comunidade artística, que assim como qualquer galeria que se preze, tem uma curadoria cuidadosa. Jonathan Cohen, mais conhecido como Meres, é o street artist responsável pela escolha de quem pode ou não deixar sua marca no 5 Pointz. Atualmente, entre muitos outros, os destaques ficam por conta de pinturas de gente do calibre de Stay High, Cope2, Space Invader e Tats Cru.

Cordula Schaefer, blogueira alemã radicada em Nova York, registrou com suas câmeras alguns dos mais coloridos detalhes dos cinco pontos, cujo nome faz alusão às cinco macro regiões de Nova York, conhecidas como Five Boroughs: Manhattan, Brooklyn, Queens, Bronx e Staten Island.

Veja as fotos na galeria e conheça mais sobre o trabalho de Cordula Schaefer na página da fotógrafa no Flickr.

Vai lá: http://5ptz.com

(via Travelettes)


O LEGADO É A FESTA!

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As obras de mobilidade urbana, os estádio e os aeroportos, mesmo considerando todos os conhecidos problemas, são muito importantes para nosso país, mas não creio que sejam o maior legado da Copa do Mundo no Brasil. 


Durante anos, um pensamento otimista e de vanguarda, pregou que o Brasil deveria assumir sua grande especialidade de fazer festas - nosso país, repleto de festas populares ao longo do ano e notório pela simpatia contagiante de seu povo, deveria transformar essa força festeira em economia e declarar ao mundo: venham rebolar, celebrar e curtir a vida aqui!


As festas e a simpatia do povo sempre estiveram por ai, mas os números fracos do turismo no Brasil (que perde em número de turistas até para países pequenos), nunca efetivamente colocaram uma enorme quantidade de estrangeiros em contato com nossa festa realidade permanente. E, como é de costume, muitas das nossas boas coisas, só se valorizam internamente quando os "gringos" as reconhecem.


Pois bem, a Copa veio, está sendo um sucesso que contraria a patrulha mal humorada e teve como principal destaque justamente a alegria contagiante das festas que pipocaram pelas ruas do país, fazendo o mundo inteiro cair na farra e transformando até o pessimismo do brasileiro - que rapidamente lembrou do seu amor pelo futebol e pelo clima de Copa do Mundo. As ruas se coloriram de verde amarelo não apenas quando a bola rolou, mas quando a balada começou!

O maior legado portanto, é o Brasil festeiro e o que nós podemos fazer a partir de agora, depois do reconhecimento internacional de nossa especialidade.  O espaço está dado para que economia da festa, da cultura e da criatividade entrem na agenda do país. E daqui a dois anos ainda temos as Olimpíadas para reforçar tudo isso. 

Paisagens para ouvir

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Quais os sons mais loucos do mundo? Foi mais ou menos essa pergunta que levou Trevor Cox, um professor de engenharia acústica na University of Salford, em Manchester, a criar o site Sound Tourism. “Reparei que os guias têm muitas dicas de lugares para ver, mas não para ouvir”, diz o britânico. “Então me perguntei quais seriam os fenômenos sonoros mais notáveis, do ponto de vista turístico.” Cox listou por lá os que descobriu: de fenômenos naturais, como dunas que fazem uma quase música – um dos preferidos do engenheiro –, a espaços arquitetônicos em que se pode conversar à distância por susurros (leia mais sobre alguns ao lado). Cox lançou em janeiro deste ano o livro Sonic Wonderland: A Scientific Odyssey of Sound, que expande a ideia para além do turismo. “Mesmo com a fala, nossa vida é dominada pelo visual”, afirma. “Ouvir o que está ao nosso redor pode ser irritante, mas também pode ser prazeroso. Às vezes perdemos coisas fantásticas do dia a dia.”.

Vai lá sonicwonders.org

 

MELODIAS DE AREIA

Arquivo Pessoal / Trevor Cox

 


Algumas dunas (como esta ao lado, que fica em um lugar chamado Kelso Dunes, no Deserto de Mojave, na
Califórnia) produzem um zumbido grave, causado por uma avalanche sincronizada de grãos de areia – embora o motivo específico para a sincronização e o porquê de nem todas as dunas produzirem o efeito ainda não seja claro. O fenômeno pode ser ouvido em pouco mais de 30 lugares ao redor do planeta.


SE O ASFALTO CANTASSE

Arquivo Pessoal / Trevor Cox


Usando pequenas ondulações no asfalto e as vibrações dos pneus de um carro, é possível fazer estradas reproduzirem músicas (a da foto, na cidade americana de Lancaster, toca “William Tell Overture”, de Rossini, desafinada). No geral, é apenas uma curiosidade turística, mas há uma estrada na Coreia do Sul que foi feita para tocar uma cantiga quando os carros passam a 100 km/h e manter motoristas alerta.

 

SOM AO REDOR

Arquivo Pessoal / Trevor Cox

Esta estação de espionagem abandonada fica em Teufelsberg, uma colina artificial construída em Berlim com escombros de bombardeios da Segunda Guerra Mundial. No topo da torre, a cúpula quase esférica produz diferentes tipos de fenômenos – posicionando-se no lugar certo é possível susurrar no próprio ouvido. As paredes também são boas condutoras de som e um barulho feito perto delas circula várias vezes pela estrutura.

Faces do Kailash

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Arthur Veríssimo

Arthur Veríssimo já contou suas aventuras em diversos lugares do mundo para a Trip e acaba de lançar Gonzo!,livro onde reúne algumas das reportagens. Além disso, a partir do dia 11 de dezembro, expõe fotos de expedições ao Monte Kailash, no Tibet, em mostra na DOC Galeria (São Paulo). As viagens aconteceram em 2008 e 2014, quando foi acompanhado por seu filho João.

O jornalista e apresentador conta que a experiência teve um grande lado espiritual, sem que isso interferisse no prazer de se aventurar na peregrinação de 52 km. Ele, desde os 16 anos, estuda a religião oriental e sempre fez viagens que o levassem a aumentar este conhecimento. A montanha que dá nome à exposição é considerada como o centro do universo para budistas e morada de Shiva para os hindus.

As 25 fotografias estarão disponíveis para venda em tiragem máxima de cinco peças.

Vai lá: “Faces do Kailash”, de Arthur Veríssimo
Quando: Abertura dia 10 de dezembro às 19h30, visitação_de 11 à 24 de dezembro
Onde:DOC Galeria - Rua Aspicuelta, 662, Vila Madalena, São Paulo

Arthur Veríssimo

Volta ao mundo em 365 dias

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Arquivo Pessoal

Há quem pense que tudo que nos cabe são aqueles 30 ou até 20 dias anuais de férias. Não precisa ser assim, porém. Criado em outubro, o Projeto Viravolta é um site sobre viagens longas pelo mundo — para largar a rotina e sair por aí por um ano, ou mais. “A abordagem do projeto não é pelo contexto turístico, e sim pela oportunidade que isso tem de transformar a vida de uma pessoa”, explica Carol Fernandes, fundadora do canal. A ideia surgiu depois que Carol e seu marido, o francês Alexis Radoux (na foto, os dois na Índia), passaram dois anos viajando. “A minha viagem foi por causa de uma crise”, conta. “Vivia fechada na bolha e a viagem serviu para abrir minha mente, mostrar que existem outras formas de viver.”

Para Carol, ao contrário das férias normais, quando se volta muito rápido para a rotina e não há energia para implementar ideias de mudanças que o descanso possa ter trazido, a viagem a longo prazo permite que você vá descobrindo novas coisas aos poucos, com tempo para ir internalizando tudo. “Assim você pode descobrir melhor o que quer, do que você gosta de verdade”, diz. “É uma alternativa para as pessoas que querem mudar de vida, ou não sabem ainda o que querem fazer.”

Além de contar sobre o “poder de abrir os olhos” dessas viagens, que é a ideia principal do site, o Projeto Viravolta também dá dicas práticas para quem não sabe nem por onde começar uma viagem dessas. Algumas das principais: explicar que não é preciso ser milionário para rodar o mundo por um ano, e que o mundo não é um lugar perigoso. “As pessoas também falam sobre o que vão fazer depois de voltar”, conta Carol. “Eu digo: ‘quem disse que você vai voltar?’”

Vai lá projetoviravolta.com

Henrique Fogaça, Sharon Azulay, calistenia e o ensaio da Trip Girl Ariane Monticeli no Trip TV #34

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No Trip TV desta semana mostramos a conversa franca com o apresentador do programa Masterchef, da Band, Henrique Fogaça no Trip FM. Um dos mais badalados e comentados chefs de cozinha do momento, ele fala do hype da profissão e das dificuldades de comandar o programa: "Eu não faço personagem, não sou ator de novela".

Também nesta edição, fomos até até a sede da BlueMan, uma das maiores e mais representativas marcas de moda praia do país, para conversar com a diretora criativa da companhia, Sharon Azulay. Herdeira do fundador da empresa, David Azulay, Sharon conta como foi superar a morte do pai, fala sobre as origens da marca, que inventou o hoje mundialmente famoso biquíni de lacinho, e revela como foi emagrecer mais de 50 quilos.

E ainda nesse programa: direto do topo da Europa, o repórter especial Luís Roberto Formiga te leva para uma sessão épica de snowboard. Você vai conhecer a Calistenia, prática esportiva que mistura exercícios na barra com abdominais e flexões para tonificar o corpo.

E um ensaio sensual com a ex-aeromoça e atual recordista brasileira de triatlon Ironman, Ariane Monticelli.

Trip TV passa toda semana na madruga de quinta para sexta na Band, com reprises às terças na mesma faixa de horário da semana seguinte. Logo após a exibição na TV o programa completo é liberado aqui no site e em nosso YouTube. Inscreva-se para receber todas as novidades.

Sebastião Salgado, Luiz Bolognesi e André Dahmer no Trip TV #38

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Esta semana conversamos com Luiz Bolognesi, roteirista de grandes filmes do cinema nacional, como As melhores coisas do mundo, Chega de saudade e Bicho de sete cabeças: "Sempre é mais difícil fazer um conteúdo que não vai de interesse ao que vende ingresso. O cinema é uma arte esquizofrênica. Porque ele é arte e indústria ao mesmo tempo". 

Também reunimos Sebastião Salgado, um dos fotógrafos brasileiros mais reconhecidos internacionalmente, e seu filho, Juliano Salgado, codiretor do documentário indicado ao Oscar, O sal da Terra, para um papo sobre cinema, família e selfies: "Eu nunca fiz um autorretrato na minha vida. Eu tenho um pouco de vergonha de fazer. O selfie pra mim é uma agressão".

André Dahmer, quadrinista que faz um retrato crítico, ácido e muito engraçado da sociedade contemporânea na sua tirinha Malvados, fala sobre trabalho, prazer, política, patrulhamento ideológico e piadas preconceituosas: "Que tipo de idiota ainda faz piadas racistas?".

Ainda nesta edição: a trajetória vitoriosa de André Cintra. Ele teve uma perna amputada aos 17 anos e hoje, aos 34, é um dos principais para-atletas brasileiros. E, direto do litoral catarinense, toda a beleza da modelo Kalinca de Mello.

Patrícia Abravanel, mercado da maconha e índios Yanomami no Trip TV #43

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A apresentadora Patrícia Abravanel, capa da revista TPM deste mês, fala sobre seu pai, Silvio Santos, e o machismo na TV: "Mulher pra ficar na TV muito tempo tem que ser bem profunda, ter bastante conteúdo", afirma.

Outro destaque é a Marcha da Maconha, que acontece neste sábado (23) em São Paulo. Enquanto a legalização não vem, mostramos empreendedores que faturam alto com o mercado da erva — sem infringir a lei.

A mais nova sensação do mundo fitness nos EUA, Leslie Richman, visita as praias brasileiras pela primeira vez, num ensolarado ensaio sensual.

O multiatleta Luis Roberto Formiga, por sua vez, volta a encarar um voo de asa-delta depois de mais de 20 anos sem praticar.

E ainda nesta edição: um alerta urgente direto da Amazônia, registrado pelo documentarista Danilo Arenas, no qual o povo yanomâmi relata sua luta pela vida: "Se os yanomâmis morrerem, as árvores também vão morrer e os rios secarão. Nós choraremos juntos", diz um dos integrantes da tribo.


Transnistria, Nagorno-Karabakh, Abkhazia e Ossétia do Sul: o clube dos não países

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Não é fácil criar um país novo. O processo pode envolver guerras, mortes, destruição. Além disso, há outro desafio: um país só existe quando é reconhecido por outros países.

Alguns têm um bom caminho andado, como Kosovo, que tem o selo de aprovação de 108 membros da ONU – apesar de a Sérvia contestar sua existência. Outros não têm tanta sorte, como Transnistria, Nagorno­­­-Karabakh, Abkhazia e Ossétia do Sul, que há anos funcionam como países, porém quase sem legitimidade internacional.

Esnobados pela maior parte do clube mundial de países — Abkhazia e Ossétia do Sul têm a aprovação de Rússia, Nicarágua e Venezuela; Transnistria e Nagorno- Karabakh de absolutamente nenhum —, os quatro resolveram criar o seu próprio grupo, a Comunidade para Democracia e Direitos das Nações, fundada em 2001, e se reconheceram mutuamente em 2006.

O Brasil não mantém relações diplomáticas com nenhum desses não países. Isso não impede, porém, um turista armado do passaporte nacional e de um smartphone de visitá-los. Mas, segundo o Itamaraty, apesar de não existirem restrições, a "assistência consular a brasileiros nesses locais poderia estar dificultada".

O processo pode ou não ser complicado.

Nagorno-Karabakh

Nagorno-Karabakh

Montanhosa e cheia de monastérios antigos, a república se declarou independente em 1991, depois do fim da República Soviética. Para entrar é preciso ir para a Armênia, de onde é possível pegar um ônibus. Isso é considerado ilegal pelas autoridades do Azerbaidjão – o visto azerbaidjano será negado eternamente ao turista que visitar o território.

Transnistria

Transnistria

Espremido entre Moldávia e Ucrânia, o território abriga a fábrica da Kvint, marca de conhaque famosa na ex-União Soviética, fundada em 1897. Entra-se pela Moldávia, país do qual a Transnistria se separou em 1990. Um visto de 24 horas é conseguido na fronteira.

Abkhazia

Abkhazia

Destino popular de férias na Rússia, a Abkhazia se separou da Geórgia em 1999. Tem praias no mar Negro e montanhas para a prática de esportes de inverno. O visto pode ser requisitado através de um formulário no site do Ministério Exterior do país – e é necessário também um visto russo de dupla utilização, para voltar à Mãe Rússia depois do passeio.

Ossétia do Sul

Ossétia do Sul

Também separada da Geórgia, em 1991, é acessível apenas pela Rússia e é preciso pedir autorização por e-mail (consul.mfa-rso@yandex.com), além do visto russo de dupla ou múltipla utilização. Mas atenção: Ossétia do Sul está em um cessar-fogo com a Geórgia agora, mas os países estavam em guerra há pouco tempo.

Denise Fraga, luta com tubarões e um rolê na Antártica no Trip TV #44

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(O player acima começa a funcionar depois da exibição na TV)

Essa semana conversamos com uma das mais talentosas e simpáticas atrizes da televisão brasileira, Denise Fraga. Em cartaz em São Paulo com uma peça de Bertold Brecht sobre a vida do astrônomo italiano Galileu Galilei, a atriz falou sobre televisão, teatro e maioridade penal: "Vivemos um momento de coisas muito esquisitas, de grande intolerância".


Destacamos também as aventuras de Kadu Pinheiro, um publicitário que largou a vida corporativa (e seu polpudo salário) para se aventurar pelo mundo e fotografar a vida subaquática: "Quando me dei conta, estava no meio de um cardume de atum cercado por 40 ou 50 tubarões. Eu segurava a câmera e socava um tubarão, socava outro, e eles só vindo pra cima".


Ainda nesta edição.


A importância da ocupação do espaço público e mostramos alguns exemplos criativos, curiosos e bem-sucedidos: o aeroporto que virou parque, o viaduto que virou teatro e um casamento na praça.
 E mais: partimos para um bate e volta pro continente mais frio, mais seco e mais remoto do planeta: a Antártica!

Fernando Luna visita Antártica, vê pinguins e passa muito frio

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Sem planos para o final de semana? E que tal um bate e volta pra Antártica? Parece loucura, mas recebemos uma proposta irrecusável de encarar o continente mais frio do planeta.

Lá, não existe população nativa, fora os leões marinhos, os pinguins e os pássaros. Foram sete horas em meio à paisagem encantadora do gelo para pelo menos 20 horas de aviões, barcos e carros.

"É uma paisagem metafísica, onde o tempo também parece congelar. Quando tira tudo o que se entende sobre o mundo, sobra o que?", diz Fernando Luna, diretor editorial e responsável por aceitar o convite da viagem.

Assista cenas dessa viagem no player acima.

No Irã, de trem: atravessando um dos países mais fechados do mundo

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Alexandre Rodrigues

As montanhas nevadas são a primeira visão do Irã

As montanhas nevadas são a primeira visão do Irã

O trem chegou no fim da noite a Van, cidade que fica numa região montanhosa da Anatólia, noroeste da Turquia. Partiu 1 hora depois. A partir daí, a viagem no Trans Asia Express torna-se uma jornada por diversas rupturas. A primeira delas: Ancara, ponto de partida, reúne características da Europa e da Ásia, mas quando se cruza a fronteira com o Irã é como entrar em outro mundo.

O Trans Asia é um trem de turismo que liga a capital da Turquia a Teerã desde 2002. O caminho é o mesmo seguido pelo viajante Marco Polo (1254-1324) ao percorrer a antiga Rota da Seda até a China. Muito da paisagem milenar continua igual, mas o Irã é desde 1979 uma república islâmica e um dos países mais fechados do mundo. Quando o trem cruza a fronteira, as mulheres são obrigadas a cobrir os cabelos com o hijab, o véu islâmico. Já na primeira estação, em Razi, um grande painel do aiatolá Khomeini, líder da revolução iraniana, toma a vista.

Alexandre Rodrigues

O Trans Asia segue no Irã a mesma rota percorrida por Marco Polo

O Trans Asia segue no Irã a mesma rota percorrida por Marco Polo

Os iranianos são xiitas, vertente do islamismo mais radical do que a sunita, da maioria dos países árabes e da Turquia. Há 35 anos, em plebiscito, eles decidiram adotar a sharia, a lei islâmica. Dentro do país, seguem preceitos do tempo de Maomé, no século VII.

Do lado de fora, a paisagem muda. Terminam os desertos turcos e surgem vales com paredões de pedra e grandes montanhas cobertas de neve. A região, próxima do Azerbaidjão, é única em sua variedade e inclui ainda campos gelados de vegetação baixa, lagos e rios. Quando a civilização começa, há pastores de ovelhas e pessoas vivendo em casas feitas de barro e lama, como há milhares de anos, e dezenas de quilômetros de pedreiras e fábricas. Só depois de 8 horas se avista a primeira cidade: Tabriz.

Alexandre Rodrigues

Turistas francesas precisam cobrir a cabeça

Turistas francesas precisam cobrir a cabeça

Nas horas seguintes, há tempo para conhecer os outros passageiros. Um ex-expatriado conta que deixou o país na época da revolução e viajou pelo mundo durante três décadas, mas teve vontade de voltar. Um motorista sonha ser campeão de MMA e um grupo de estudantes franceses teme hostilidades por causa do atentado em Paris, em janeiro.

O desembarque em Teerã só ocorre depois de 28 horas – 66 horas para quem embarcou na estação inicial, Ancara. Cansados, os passageiros são recebidos por mais uma foto de Khomeini. O que causa a sensação de que este é o fim de uma viagem no tempo.

Alexandre Rodrigues

A paisagem inclui cidades antigas e campos gelados

A paisagem inclui cidades antigas e campos gelados

Daniel de Oliveira e a Volvo Ocean Race no Trip TV #45

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Nesta semana conversamos com o jovem e talentoso Daniel de Oliveira, ator que ganhou fama e reconhecimento em 2004 como protagonista do filme Cazuza, o tempo não para e que atualmente está nos cinemas com as obras Estrada 47 e Romance policial. Daniel, que costuma interpretar personagens bem dramáticos e pesados, conta como escolhe seus trabalhos e fala sobre cinema nacional, paternidade e redes sociais: "Não curto muito. Gosto da vida ao vivo".

O programa também passa a limpo a trajetória do escritor e colunista da revista Trip, Luiz Mendes. Condenado por roubo e homicídio, Luiz ficou preso por mais de 30 anos e, na penitenciária, descobriu sua redenção na literatura: "Matei um cara na cadeia e cheguei a ser condenado a 132 anos. Entrei em depressão profunda. E aí comecei a estudar na cela sozinho". E ainda nesta edição do Trip TV.

A batalha e as aventuras da única equipe feminina a disputar a Volvo Ocean Race, misto de Fórmula 1 e Rally Dakkar dos mares e uma das mais extremas e radicais regatas do mundo. E enquanto a popularização da internet e dos aparelhos celulares vai revolucionando os mais diversos tipos de negócio (do jornalismo à gastronomia, do hotel ao táxi, parece que nada vai ser como era há dez anos) o programa tenta dar uma espiada no futuro no Festival Path, evento sobre inovação que aconteceu no mês passado em São Paulo.

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